Nossa parceira Juliana Muniz foi protagonista de uma matéria incrível para a Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, a qual nós fazemos questão de compartilhar.
Afinal, o que move a Gaia Pole desde o início é crescer junto de cada cliente.
Juliana chegou a morar na rua na adolescência e se afundou em dívidas antes de abrir o Studio Downtown, em São Bernardo do Campo, mas se reergueu como dona do próprio negócio. Conheça sua história:
Nada na vida veio de forma fácil para Juliana Muniz. Desde a infância e a adolescência, enfrentou tormentas dentro de casa, chegando a morar na rua. Para criar a filha, começou a trabalhar se apresentando em boates, onde conheceu o pole dance. Decidida a se tornar professora da prática, foi enganada por pessoas em quem confiava e se afundou em dívidas, mas conseguiu se reerguer e hoje comanda o Studio Downtown, que teve faturamento de R$ 180 mil em 2021.
Muniz foi abandonada pelos pais ainda na primeira infância, sendo criada por tios até a adolescência, quando voltou a viver com a mãe. Não durou muito. Aos 16, após sofrer assédio do padrasto, preferiu viver nas ruas a continuar ali. Até pingava na casa do namorado da época e de alguns amigos, mas não tinha endereço fixo e tomava banho de cachoeira para se manter limpa. Aos 19 anos, engravidou e voltou a morar com a mãe e o padrasto, sendo abusada novamente.
Com uma filha pequena para criar, ouviu de um conhecido que conseguiria ganhar R$ 10 mil por mês na noite. Muniz foi trabalhar em uma boate, onde também teria onde morar. Ela conta que ficou na função por cerca de quatro anos, até receber ajuda financeira de um amigo. “Eu sempre quis ser alguém, não queria que minha filha me visse naquela condição. Toda a ajuda que ele me dava eu usava para investir em mim, no meu supletivo e em cursos”, relembra.
Enquanto buscava algum caminho para seguir, o personal trainer da academia que frequentava contou sobre um estúdio de pole dance em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. Muniz era apaixonada pela prática, que tinha aprendido sozinha, somando muitos roxos pelo corpo enquanto entendia as técnicas. Ela se inscreveu em aulas para se formar professora e tinha a intenção de voltar para o interior e abrir um estúdio para ficar mais próxima da filha. “Eu não sabia do estereótipo. Como eu achava maravilhoso, pensava que as pessoas iriam querer fazer meu curso, não pensava no preconceito”, diz.
Muniz queria apenas abrir uma filial do mesmo espaço em outra cidade, mas os donos a convenceram a comprar o estúdio, prometendo que ficariam na retaguarda, prestando assessoria para o que ela precisasse. Para pagar os R$ 300 mil pela escola, ela deu uma entrada de R$ 90 mil e parcelou o restante. “Fui imatura e não tinha conhecimento. Hoje, eu teria negociado melhor. Os equipamentos já estavam defasados”, conta.
A empreendedora afirma que o apoio prometido nunca veio. Muito pelo contrário: descobriu que os antigos donos a difamaram para os alunos e tomavam os créditos para as coisas positivas que ela fazia, como patrocínio de atletas. Em cinco anos, o negócio ruiu, e Muniz perdeu tudo o que tinha conquistado, precisando vender o apartamento e o carro para tentar dar conta das dívidas. “Eu não era incompetente, tinha força de vontade, mas me faltava orientação. Se tivessem me ajudado da forma que prometeram, teríamos sucesso juntos”, desabafa.
Frustrada, ela entrou em depressão. Depois de buscar tratamento, conseguiu emprego com uma ex-aluna que tinha aberto um estúdio de pole dance. Muniz trabalhou ali por dois anos, mas como o dinheiro não era suficiente para arcar com as dívidas e os processos trabalhistas dos antigos funcionários, precisou voltar a se apresentar em boates. “Tinha dias em que eu trabalhava por 18 horas, dando aulas de manhã e à tarde e fazendo shows durante a noite”, recorda.
Ela decidiu empreender novamente, com os equipamentos que tinha guardado do antigo estúdio, ao lado de sua companheira, que também queria ter o próprio negócio. Enquanto ela cuidaria da locação do espaço e das reformas necessárias, Muniz entraria com a mão de obra e os equipamentos para as aulas. Em 2019, abriram o Studio Downtown, que demorou a engrenar: depois de um ano de funcionamento, ainda não tinha passado de 40 alunos.
Com a chegada da pandemia, em 2020, a empreendedora teve certeza de que o sonho acabaria ali, mas o momento crítico abriu seus olhos para a força que tinha. “Muita gente me procurou para aulas online e particulares. Me liguei de que sozinha, com o meu nome e minha experiência, eu não precisava de ninguém. Nem de estúdio, nem de sócia”, aponta. Ela passou a investir na divulgação nas redes sociais e em empresas que conversam com o público feminino, como salões de beleza e clínicas de estética, com a ajuda da irmã e de uma amiga. Em poucos meses usando a nova estratégia, ultrapassou a marca de 100 alunos.
Em 2021, o faturamento do estúdio foi de R$ 180 mil, mas a projeção é crescer neste ano com o avanço da vacinação e a retomada dos serviços, chegando a R$ 280 mil. Em março, Muniz pagou a última prestação dos acordos com ex-funcionários que a processaram. “O que o pole fez por mim, ele faz por outras mulheres. Quando o conheci, estava no fundo do poço. Transformei em dinheiro, abri meu negócio, saí da noite e ganhei uma profissão. Com ele, ajudo outras mulheres, algo que sempre quis”, afirma.
Texto:
Escrito por Rebecca Silva para Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios.
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