Quem vê tanta força e equilíbrio não imagina a trajetória que Carlos França percorreu até se tornar campeão brasileiro e sul-americano de pole dance, e rodar o mundo levando sua arte.
Nascido na periferia, em Mogi das Cruzes/SP, no ano de 1980, logo mudou-se para Campinas/SP, onde foi criado por um tio. Desde cedo o esporte sempre esteve presente em sua vida, assim como a dedicação pelos estudos. Porém, aos 14 anos, quando passou a morar com a mãe e retornou à cidade de origem, por questões financeiras interrompeu os estudos e começou a fazer serviços braçais. França trabalhou em fazenda, mercado, construção civil, atuou em diversos segmentos entre eles no comércio, mas nunca deixou de sonhar em viver de sua arte.
Já pensando em abandonar o desejo de construir uma carreira artística, aos 23 foi convidado para participar de uma audição de circo, foi submetido a testes e aprovado. “Fiz daquela oportunidade minha escola. Aprendi habilidades como acrobacias, capoeira, breakdance, tecido, trapézio, adágios, faixas, quadrante com cama elástica e mastro chinês”, lembra ele.
Após três anos no circo, França sofreu um acidente, lesionou o joelho direito, mas por sorte conseguiu se recuperar em pouco tempo. O sonho estava apenas começando e foi quando decidiu focar no trabalho fora do país, que realmente conheceu o pole dance. O artista passou pela Turquia, Egito, onde trabalhou como acrobata em uma rede de resorts; também morou na Alemanha, lá conquistou o Mr Pole Dance Germany 2011.
Estilo próprio
No mesmo ano retornou ao Brasil para se dedicar à criação de um estilo único e inovador. Foi nessa época, com apenas dois anos de experiência, que chegou em terceiro lugar no campeonato mais cobiçado do mundo, o Pole Art, realizado na Finlândia.
Hoje, Carlos França é admirado e respeitado por realizar tricks de extrema dificuldade, com leveza, naturalidade e muita técnica, no estilo chamado Finesse (união de manobras refinadas e delicadas). Divide o tempo entre treinos para competições, trabalhos artísticos, estudos técnicos, além de se dedicar como instrutor de pole dance, aplicando a técnica Spotting Technique, em que acompanha o aluno durante a execução do exercício.
Desde 2014, é um dos atletas que representam a Gaia Pole Fitness, única empresa brasileira que produz, em escala industrial, equipamentos para a prática do Pole Dance. Com a atribuição principal de auxiliar no desenvolvimento dos produtos, ao testar e garantir a alta performance e qualidade dos projetos. “Ser parceiro de uma empresa séria como a Gaia é compensador, gera uma gostosa ansiedade em saber que cada produto leva um pouquinho de mim. Acredito que isso também ajude a oferecer ao mercado produtos cada vez melhores, tendo em vista que todas as minhas sugestões são avaliadas e discutidas carinhosamente pelos engenheiros da empresa”, comenta.
Incentivo
O pole dance para Carlos França já se transformou em um estilo de vida, o qual recomenda a todas as pessoas. “O pole representa um crescimento artístico e uma forma de esporte que ao meu ver é viciante, traz muitos benefícios físicos e também psicológicos, pois impõe desafios diariamente. Por isso, se você quer ser profissional, procure dentro de você mesmo ‘quem você é’, seja único, use a sua personalidade, autenticidade e leve isso para os palcos. Estude, dedique-se. Qualquer forma de arte é válida; o caminho é árduo, mas a partir do momento em que você faz o que ama, com certeza terá sucesso e uma vida profissional memorável”, conclui.
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